sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Delegado, Paulo Cassiano, fala sobre a atuação da Polícia Federal na região

 
Na manhã desta sexta-feira (26/08) o delegado da Polícia Federal de Campos, Paulo Cassiano, fez um resumo da atuação do órgão, dentro da região no qual pertence, Campos e mais 17 cidades (). Um dos destaques do delegado, em entrevista à TV Litoral e ao site Ururau, ficou por conta da apreensão de drogas na região.

Segundo Paulo Cassiano, que está no comando da PF desde fevereiro de 2009, já foram batidos todos os recordes este ano de 2011. 

"O nosso trabalho investe em inteligência policial, a Polícia Federal tradicionalmente é responsável pelo maior volume de drogas entre todas as forças policiais do Brasil. Só para se ter uma ideia, a Polícia Federal sozinha apreende mais que todas as polícias civis e militares de todos os estados somados, portanto é um trabalho que cresce em produtividade, ano após ano." destacou o delegado, que ainda ressaltou os últimos 30 dias na região, foram apreendidas quase 27 quilos de cocaína, o que para o mercado consumidor regional é muito significativo, "no ponto de vista financeiro está apreensão equivaleria a quase meia tonelada de maconha, se nós pudéssemos converter cocaína em maconha," ilustrou Paulo Cassiano.

A Polícia Federal em todo o Brasil tem cerca de 15 mil servidores, um número reduzido. Em comparação ao estado de São Paulo, por exemplo, o número de policiais federais em todo o país é menor que a metade do contingente de policiais militares do estado paulista, que hoje possui mais de 40 mil em atividade.

Paulo Cassiano falou sobre o impacto social que a região sofrerá com a chegada do Porto do Açú.

"Nós temos nos preparado para está nova demanda do tráfico, que certamente crescerá, com a vinda maior de pessoas para morar e trabalhar em nossa região, mas encaramos isso com muito naturalismo. O Porto não trará impactos apenas no mundo das drogas, mas também, por exemplo, a responsabilidade da Polícia Federal, na entrada e saída de estrangeiros, além de outros crimes correlatos, como contrabando, por exemplo."

Outro foco da entrevista se voltou para as eleições municipais. O delegado fez questão de deixar bem claro, que nem ele se envolve em assuntos políticos e nem a política entra em seu trabalho.

"Em nove anos de profissão, eu nunca recebi qualquer tipo de pedido que viesse de meus superiores, à pedido de um político ou de outro, e se isto acontecesse, eu não atenderia. Meu compromisso é com a instituição a qual eu pertenço, com os valores éticos e morais que tenho e os valores institucionais que o meu órgão veicula. Campos é um município bastante visado, não só por ser o principal município do Norte e Noroeste Fluminense, mas também pelo grande número de recursos públicos que transitam aqui e que são geridos pela Prefeitura. É normal que em época pré-eleitoral, esse debate se acirre, e até pela cultura da política local, lamentavelmente, práticas ilícitas sejam utilizadas para disputar este poder. Eu penso que no ano que vem, nós faremos um trabalho intenso para a prevenção destes crimes eleitorais. Não é preocupação minha, se candidato A ou B gosta ou não, do trabalho da Polícia Federal."

Foram 26 minutos de entrevista, divididos em dois blocos, que você pode assistir, logo abaixo.