Um mês depois das fortes chuvas e avalanches de terra que destruíram a região serrana do Rio de Janeiro, provocando quase 900 mortes, os cálculos dos prejuízos da tragédia ainda estão sendo refeitos. O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou que novas estimativas serão encaminhadas ao governo federal para recalcular os valores do pedido de ajuda.
Fonte: Agência Brasil
Sem precisar os novos valores, Pezão disse que só agora, depois inúmeras visitas aos municípios atingidos e de posse dos primeiros levantamentos técnicos, o governo do estado está tendo uma dimensão mais realista dos estragos.
'Ainda não tenho este número [do total do prejuízo]. O grande serviço vai ser na contenção de encostas e na drenagem. Estamos elaborando projetos e levantando custos', afirmou Pezão. 'Na reconstrução de pontes serão R$ 110 milhões e R$ 295 milhões para nossas estradas estaduais. Estamos aguardando uma resposta para vermos o que virá de recursos.'
Ele estimou em cinco meses o prazo para a reconstrução da principal ponte que desabou na enxurrada, na RJ-116, sobre o Rio Grande, entre Bom Jardim e Nova Friburgo. No total, segundo o vice-governador, são pelo menos 185 pontes que precisarão ser reconstruídas ou restauradas.
Pezão garantiu que não haverá falta de recursos. 'O que a presidenta [Dilma Rousseff] anunciou já chegou. Foram R$ 100 milhões, sendo R$ 70 milhões para o governo do estado e R$ 30 milhões para as prefeituras. Estamos pleiteando mais para pontes e estradas, além de encostas. Os recursos para capital de giro para empresários e pequenos agricultores estão começando a ser liberados pelos bancos, principalmente o Banco do Brasil e o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social].'
Segundo Pezão, serão necessários quase dois anos de trabalho na região para retomar o ritmo anterior à tragédia da madrugada do dia 12 de janeiro. 'Acredito que será necessário trabalhar mais uns dois anos para a vida voltar ao normal. Só em Nova Friburgo são 121 encostas para serem feitas, com reflorestamento, contenção e taludes.'
Fonte: Agência Brasil